segunda-feira, 15 de junho de 2009

Família

Esta semana com mais tempo livre mas igualmente com uma agenda completa de acontecimentos, houve espaço para juntar os amigos e ter momentos de discussão de assuntos extremamente interessantes.

Talvez porque no domingo foi o casamento de uma grande amiga, talvez porque a semana de feriados e tolerância de ponto fez o pessoal parar e pensar um pouco na vida... o certo é que com diferentes grupos de amigos tive a mesma discussão : Na altura de escolher... o que teria maior peso na tua decisão, a tua vida pessoal/familiar ou a tua vida profissional?
E se surgisse agora uma excelente oportunidade profissional no outro lado do mundo, mas que aceitares essa oportunidade significasse "abandonar" família, amigos, namorado (a) , marido (esposa), filhos... o que farias? O que escolherias?

A opinião nunca foi unânime e a resposta que mais ouvi foi "Depende".

Encontrei um artigo numa revista que falava sobre o valor da família " É precisamente por vivermos numa sociedade individualista que precisamos cada vez mais da segurança da Família.."

Deixo aqui algumas partes desse artigo:
"Numa sociedade individualista, que idolatra a juventude e na qual a instituição familiar parece já não fazer sentido, a tendência é optar por um modo de vida flexível, que não exige criar muitas raízes..(...) Seja como for, não é preciso pensar muito para perceber as vantagens de ter à nossa volta um grupo de pessoas - com quem temos laços biológicos - que nos ajudam e se preocupam connosco. É através da família que nos integramos, desde que nascemos, num sistema onde convivem várias gerações, onde aprendemos a respeitar, ouvir e cooperar com outros seres humanos. Onde nos sentimos em segurança e descobrimos qual é o nosso enquadramento na sociedade. Os tais valores que todos dizem que hoje em dia se perderam. Sim, é verdade que vivemos tempos muito particulares, nos quais podemos reformular o nosso conceito de vida constantemente. Podemos? Devemos? Temos de o fazer? (...) O mundo mudou, mas as necessidades básicas humanas são as mesmas. Todos queremos sentir que temos uma base de apoio, feita de sentimentos verdadeiros. Muitas vezes procuramos desenfreadamente algo que não sabemos o que é, sem nos apercebermos que, na verdade, sempre a tivemos. Talvez a família esteja ultrapassada. Talvez seja uma fonte de problemas e zangas. Mas esta sempre lá. E isso torna-a valiosa."

Não acho que vá viver eternamente na Madeira, mas durante todos os anos que vivi fora foi importante saber que tinha aqui o meu porto seguro.

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